PANTANAL

terça-feira, 31 de maio de 2016

Conhecam um pouco da Historia dos Indios em Mato Grosso e no Pantanal Matogrossense

Conhecam um pouco da Historia dos Indios em Mato Grosso e no Pantanal Matogrossense



           Mapa do Estado do Mato Grosso com os pontos Indígenas



Em 1718, o bandeirante Pascoal Moreira Cabral Leme, nesta expedição chegou ao Rio Coxipó em busca dos índios Coxiponés para levá-los ao sul do país como escravo e logo descobriram ouro nas margens do rio, alterando assim o objetivo da expedição, dando assim início à corrida do ouro, fato que ajudou a povoar a região

Em 08 de abril de 1719, foi fundado o Arraial da Forquilha às margens dos rios dos Peixes, Coxipó e Mutuca.

O nome "forquilha" vem do fato de que, neste ponto de encontro dos rios, era formado o desenho de uma forquilha.

Esse núcleo deu origem à atual cidade de Cuiabá. A região de Mato Grosso era subordinada à Capitania de São Paulo governada por Rodrigo César de Meneses para fiscalizar a exploração do ouro e da renda.

O governador da capitania mudou-se para o arraial e logo a elevou à categoria de vila chamando-a de Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá.

No ano de 1720 foi fundado o Arraial de 
Cuiabá, em 1726, o Arraial de Cuiabá recebeu novo nome: Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá,em 1748, foi criada a capitania de Cuiabá, concedendo a coroa portuguesa isenções e privilégios a quem ali quisesse se instalar

Hoje no ano de 2011 vemos Cuiabá capital do estado sendo uma metrópole moderna que não deixa a desejar no contexto nacional e que irá sediar a Copa 2011 e é um dos 65 destino indutor de turismo do Brasil, o estado de mato Groso com um cenário fantástico em seu espaço rural e natural, com um processo produção na agropecuária que o faz ser o maior produtor de grãos e bovinos de corte do país e um dos maiores em outras atividades do agronegócio, a indústria e comercio também cresce a passos largos, no meio ambiente o estado tem conseguido bons números que o deixa com um aspecto de apresentação de muitas áreas preservadas e protegidas, neste contexto estão as reservas indígenas que são muitas, tanto em área territorial como em número de etnias e pessoas.

Os indígenas no Estado de Mato Grosso são num total de 38 povos, uma população de 25 mil índios, que têm línguas e culturas e costumes diferenciados, que habitam apenas 10% do território mato-grossense.

A etnias existentes no estado são: Apiaká, Kayabi, Munduruku, Arara, Xavante, Cinta Larga, Bakairi, Paresi, Kayapó, Enauenê nauê, Mynky, Bororo, Nambikwara, Aweti, Juruna, Kalapalo, Kamayurá, Kuikuro, Matipu, Nahukwá, Mehinaku, Suyá, Tapayuna, Trumái, Txicão, Waurá, Yawalapiti, Rikbaktsa, Irantxe, Panará, Karajá, Surui, Tapirapé, Terena, Umutina, Zoró, Guató e Chiquitanos.

O que se conhece de índios com historicidade e que tradicionalmente habitam e ou habitaram o Pantanal matogrossense são: os índios 
PaiaguásGuaikuruGuatósTerenasKaiowás,BororosUmotinasParecisKinikinaos



Os povos indígenas sempre viveram em total harmonia com o meio ambiente, a chegada do homem branco através das bandeiras trouxe a esta civilização, doenças e novos costumes que até hoje lhes traz sofrimentos.

Índios do Pantanal – Matogrossense
Paiaguás – Um grupo de índios extintos que, habitavam o pantanal quando da chegada dos Portugueses e travaram intensas batalhas, das quais muitos portugueses também não sobreviviam, foram perseguidos e sendo exterminados não restando qualquer registro de seus descendentes atualmente.

Guaikuru – Um grupo de índios que se Aliaram aos Paiaguás contra os seus inimigos, os exímios cavaleiros guaikurus ofereceram grande resistência à ocupação do Pantanal matogrossense eles são declarados súditos da Cproa Portuguesa em um tratado de paz em 1791.

Guatós - Um grupo de índios de língua do tronco macro-Jê, também extinto a mais de 40 anos, até que, em 1977, foi reconhecido um grupo Guató na ilha Bela Vista do Norte, eles vive no Pantanal Mato-Grossense ao longo dos rios do médio e alto Paraguai, São Lourenço e Capivara, no município de Corumbá (MS), segundo a Funai, em 1989 eram 382 índios.

Terenas – Um grupo de índios de língua da família Aruák, uma boa Parte deles (cerca de 12.000 indivíduos) vivem no oeste de Mato Grosso do Sul, em oito áreas indígenas; outra parte (350 índios) ocupa terras nas áreas indígenas de Icatu, Araribá e Venuíre, no interior do Estado de São Paulo, juntamente com os Kaingang.

Bororos - Um grupo de índios falante de língua do tronco macro-jê, os Bororo atuais são os Bororo Orientais, também chamados Coroados ou Porrudos e autodenominados Boe. Os Bororo Ocidentais, extintos no fim do século passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde, no início do séc. XVII, os jesuítas espanhois fundaram várias aldeias de missões.

Umotinas - Um grupo de índios, subgrupo Bororo de língua da família Otukê, do tronco Macro-Jê. Eram conhecidos como “barbados”, porque usavam barba, às vezes postiça - feita de pêlos de macaco bugio ou de cabelos das mulheres da tribo, vivem na Área Indígena Umutina, no município de Barra dos Bugres no Mato grosso, juntamente com os Paresí, Kayabí e Ñambikwára.

Parecis - Um grupo de índios que falavam dialetos da língua Paresí, da família Aruák. Viviam no planalto do Mato Grosso e eram uma das fontes de escravos preferidas dos bandeirantes; dóceis e pacíficos, trabalhavam na agricultura e fiavam algodão para a confecção de redes e tecidos.

Halíti - Um grupo de índios que vivem na região dos rios Juruena, Papagaio, Sacre, Verde, Formoso e Buriti, no oeste de Mato Grosso, em várias áreas indígenas, nos municípios de Tangará da Serra, Vila Bela da Santíssima Trindade e Diamantino. Em 1990, segundo a Funai, eram 900 índios.

No estado existem outros grupos que estão espalhados em todo território o Parque Nacional do Xingú hoje concentra uma grande população com várias etnias com destaque para os Xavantes, na região do Araguai estão os Caiapós, na região de Juina estão os Rikstibatsa enfim em outra oportunidade estaremos apresentando mais informações, a propósito revejam neste blog a PROPOSTA DE SUSTENTABILIDADE, ECONÔMICA, SOCIAL E CULTURAL, PARA AS COMUNIDADES INDÍGENAS.


*Confiram também no mapa acima a localização de cada Reserva,Tribo  e Etnia.

Elaborado: Geraldo Donizeti Lúcio



Referências bibliográficas


COELHO, Felipe Nogueira. Memórias cronológicas da capitania de Mato Grosso. UFMT, 1976, Felipe Nogueira. Memórias cronológicas da capitania de Mato Grosso. UFMT, 1976

MADUREIRA, Elizabeth. Revivendo Mato Grosso. Secretaria de Educação de Mato Grosso, 1997 

A Bacia do Rio Cuiabá é importante na formação do Pantanal Mato-grossense e para outras partes do Brasil e do mundo

A Bacia do Rio Cuiabá é importante na formação do Pantanal Mato-grossense e para outras partes do Brasil e do mundo





A Bacia do Cuiabá inclui o trecho de 100.000 km2, percorrendo 828 km até chegar ao Rio Paraguai.

Com vários tributários a montante de Porto Cercado,a bacia do Rio Cuiabá, inicia na região do município de Nobres, mais caudaloso pela afluência do rio Manso, passa a se chamar Rio Cuiabá, com largura média de 150 m, seus principais afluentes são o Ribeirão Pari e os Rios Manso, São Lourenço e Coxipó.

O Rio Coxipó, passa por todo o município de Cuiabá, com a sua cabeceira no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães encontra o Rio Cuiabá na comunidade de São Gonçalo Beira-Rio que segue seu destino a caminho do Rio Paraguai e Pantanal.

A bacia ainda tem várias zonas de proteção ambiental - o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, localizado perto da foz do Rio Cuiabá; o Parque Nacional Chapada dos Guimarães, localizado no trecho alto da bacia, e uma Área de Proteção Ambiental (APA).

O município de Cuiabá se destaca em recursos hídricos com seus diversos rios, ribeirões e córregos formadores da Bacia do Rio Cuiabá que circula toda capital, tem Rio Cuiabá como importante e principal afluente da bacia do Rio Paraguai, integrante da bacia Platina.

O Rio Cuiabá é o principal na formação da Bacia Hidrográfica subdivide-se em Alto, Médio e Baixo Cuiabá, suas nascentes estão nas encostas da Serra Azul, município de Rosário Oeste, na junção dos então denominados rios Cuiabá da Larga e Cuiabá Bonito.

Ambientalmente falando, a situação hídrica/ambiental da bacia do rio Cuiabá tem um complicador em funcão da ocupação humana e das características topográficas da região, a qualidade das águas no trecho superior da bacia é afetada pela sedimentação e alteração dos padrões de ocupação do solo.

Os solos arenosos e a topografia acidentada desta região produzem elevadas taxas de sedimentação, principalmente com o desmatamento indiscriminado das matas ciliares, que tem causado vários tipos de erosão: (laminar,em sulcos e voçorocas)

Ao longo dos seus 828 km de extensão, o Rio possui uma área 16.000 ha de Preservação Permanente (APP), da qual aproximadamente 2.000 ha encontram-se degradadas, pela intervenção humana processo que só poderá reversível por incrível que pareça, com a intervenção do próprio homem. 

A Bacia do Rio Cuiabá é importante na formação do Pantanal Mato-grossense e para outras partes do Brasil e do mundo, mas, sobre tudo em um contexto regional, é muito importante pela sobrevivência de cerca de 75% da população do estado de Mato Grosso


Elaboração: Geraldo Lúcio 

Mato Grosso será o único Estado no Brasil a receber a Tocha Olímpica por dois dias




O Estado de Mato Grosso está se mobilizando e preparando para receber a Tocha Olímpica da “Rio 2016” o evento acontecerá nos dias 23 e 24 de junho de 2016, o Comitê Olímpico já definiu as datas para visita Mato Grosso será o único a receber o símbolo dos Jogos Olímpicos por dois dias.

No primeiro dia 
Serão percorridos cerca de 28 quilômetros entre os municípios de Cuiabá e Várzea Grande. 

A tocha chegará no Aeroporto Marechal Rondon, (Várzea Grande) passando pelos principais pontos turísticos e monumentos históricos até chegar à Arena Pantanal.

Na Arena Pantanal haverá um show com artistas regionais e ali será acendida a Pira Olímpica.

No segundo dia
A tocha Olímpica passará por vários pontos turísticos de Mato Grosso, que ainda estão sendo discutidos e definidos pelo Governo do Estado através de um Comitê Estadual, juntamente com representantes do Comitê Olímpico Oficial.

Representantes do Comitê Olímpico da Rio 2016 já estiveram numa visita prévia no Estado e realizaram visitas técnicas em pontos turísticos em Cuiabá, Poconé, Nobres e Chapada dos Guimarães, para verificarem quais locais são viáveis logisticamente para a passagem da tocha, tudo indica que será nos municípios supra citados porém a definição dos pontos somente será divulgada em um momento oportuno.

A Arena Pantanal, local já está definida para ser o palco do primeiro dia da passagem da Tocha por Mato Grosso, é o melhor espaço para realização do evento para população.

A tocha é um símbolo fundamental do movimento olímpico e representa seus ideais. A jornada iniciou em maio, em Atenas, na Grécia, onde foi acesa, chegou em Brasília e começou o revezamento que irá durar cerca de 90 dias, percorrendo cerca de 300 municípios em diversos países e chegando ao Rio de Janeiro em agosto para a cerimônia de abertura dos jogos. 

Serão 19,7 mil km de rota terrestre e 8,8 mil km de rota aérea, em até quatro cidades por dia. 

Inicialmente, foram escolhidos 82 municípios brasileiros onde a Tocha Olímpica deverá pernoitar, entre eles Cuiabá, do dia 23 para o dia 24 de junho de 2016.

Durante a rota no Brasil, ela será carregada por cerca de 12 mil condutores. Em Mato Grosso, 131 pessoas terão a oportunidade de carregá-la por 200 metros cada uma.

Vários técnicos da SEDEC – Secretaria Adjunta de Estado de Desenvolvimento do Turismo, liderados pelo Secretário Adjunto Luiz Carlos Nigro têm feito visitas nos municípios de Poconé, Nobres e Chapada dos Guimarães, para verificarem a viabilidade e possibilidade deste destinos turísticos receberem a Tocha Olímpica. Segundo Luiz Carlos Nigro, tudo indica que seja nos municípios por uma questão de logística e tempo, temos que aproveitar esta oportunidade para apresentar Mato Grosso para o Brasil e ao mundo.

A proposta do Governo do estado é de que esta oportunidade possa dar visibilidade para Mato Grosso, quanto ao turismo e pujança do seu crescimento econômico, os pontos turísticos e lugares definitivos ainda não será divulgado oficialmente, finalisa Nigro. Já quanto a relação dos condutores no Estado também será revelada somente por ocasião do evento sendo parte das estratégias do Comitê Olímpico.

Comitiva Pantaneira no Mato Grosso é Assim

Comitiva Pantaneira no Mato Grosso é Assim


O período das chuvas no Pantanal é o que toda a planície pantaneira se inunda por completo, e o homem pantaneiro é obrigado subir com o seu gado para as partes mais altas da região numa tentativa de sobrevivência ao ciclo natural das águas do Pantanal.

Já no período das secas ocorre o inverso,o pantaneiro é obrigado a reconduzir seu gado pelo vasto campo na parte baixa, em busca de água e comida.

Surgem daí as comitivas pantaneiras formadas por grupos de peões de boiadeiro e suas montarias em cavalos e burros pantaneiros, com estruturas, indumentárias e alimentações apropriadas.

O comissário por exemplo é o dono da comitiva, o ponteiro é o peão experiente e conhecedor das estradas, que vai à frente tocando o berrante, nos momentos apropriados, para atrair, estimular a marcha ou acalmar o gado e dar sinais para os demais peões, os rebatedores são os peões que cercavam o gado, impedindo que se espalhassem, os peões da culatraiam na retaguarda da boiada, os peões da “culatra manca” ficam para trás tocando os bois que têm problemas para acompanhar a marcha da boiada, por cansaço, ferimento ou doença. 

O Mestre Cuca ou cozinheiro saía mais cedo que os demais integrantes da comitiva, conduzindo os burros cargueiros com suas bruacas, nas quais levam os mantimentos e tralhas de cozinha, até encontrar um local de preferência próximo de um rio em cuja margem possam preparar a refeição, o rango ou o quebra torto.

O berrante é um instrumento tipo buzina feito de chifres de boi unidos entre si por anéis de couro, metal ou chifre mesmo, e é usado pelos ponteiros para atrair, estimular ou acalmar o gado e dar sinais aos demais peões da comitiva. Ele emite sons, que podem ser graves ou agudos, dependendo do toque, a partir das vibrações do ar feitas pelos lábios do berranteiro em contato com o bocal mais estreito do instrumento. Esse bocal varia de acordo com a forma dos lábios, podendo ser mais raso ou mais fundo.

O homem pantaneiro aqui nesta situação chamado também de peão de boiadeiro, é uma peça fundamental na comitiva pantaneira, percorre quilômetros e quilômetros pelo Pantanal, durante dias e até meses, tangendo o gado no lombo de mulas e cavalos pantaneiro, vivendo toda a sorte de aventuras, ora enfrentando situações de perigo, como quando a boiada estoura ou tem que cruzar um rio caudaloso, ora se divertindo com os companheiros à noite nos pontos de pouso, com músicas e causos sobre o Pantanal.

Uma das fotos da Comitiva Pantaneira: Bosco Martins
As demais fotos de Geraldo Lúcio
Texto Geraldo Lúcio