PANTANAL

quarta-feira, 20 de março de 2013

FLORA DO PANTANAL

                   
 

   FLORA

A grande extensão territorial e diversidade climática do Brasil explicam a riqueza vegetal que o país possui. As espécies vegetais nativas e exóticas conhecidas representam apenas uma amostra das que provavelmente existem (acredita-se que conhecemos apenas 60 a 80%). Grande parte da cobertura vegetal primitiva já foi e continua sendo devastada, criando riscos de acidentes e desequilíbrios ecológicos.
A flora brasileira está espalhada por diversos habitats, desde florestas de terra firme até os campos com sua vegetação de pequenas plantas e musgos. A maior parte da flora brasileira se encontra na Mata Atlântica e na floresta amazônica, embora o Pantanal mato-grossense também apresente grande variedade vegetal.
Além das plantas nativas, a flora brasileira recebeu exemplares de outras regiões tropicais trazidas pelos portugueses durante o período colonial. Várias dessas espécies restringiram-se as áreas agrícolas como o arroz, a cana-de-açúcar, a banana e as frutas cítricas. Outras se adaptaram bem e se espalharam pelas florestas a tal ponto que são confundidas com espécies nativas. As plantas medicinais são amplamente usadas pela população, embora pouco se conheça cientificamente sobre seu uso. A população indígena também utilizou e ainda utiliza a flora brasileira, porém tal conhecimento tem se perdido com sua aculturação. É possível que muitas espécies de plantas brasileiras tenham uso terapêutico ainda desconhecido. Esse conhecimento, entretanto está ameaçado pelo desmatamento e pela expansão das terras agropecuárias.
O Pantanal tem uma flora muito rica que é formada por plantas vindas do Cerrado, da Amazônia (camalote e Vitória régia), do Chaco, dos campos sul americanos e da Caatinga, raras são as exclusivas da região. A esse conjunto de composições florísticas diversas, damos o nome de "Complexo do Pantanal". Assim, o Pantanal não é um grande pântano, mas uma mistura heterogênea de diversas composições vegetais que, em função de parâmetros, tais como: condições de solo, inundações e topografia, ali aparecem em equilíbrio dinâmico.
Segundo Aziz Ab'Saber, entre 23000 e 13000 A.P. (antes do presente) ocorreu uma crise de secura e a Caatinga pode chegar até a região onde hoje se encontra o Pantanal. Demorou de 12 a 13 mil anos para a região recompor a vegetação, com o avanço da Pré-Amazônia, do Chaco oriental e do Cerrado. Estes avanços vegetais isolaram a Caatinga em refúgios semi-áridos.
A invasão do Cerrado se deu pela bacia do rio Taquari e pelas colinas do Leste, Sudeste e Sul da depressão pantaneira; pelo extremo Sudoeste e Sul houve a penetração de componentes florísticos do Chaco Oriental; pelo Norte, veio a massa de vegetação periférica da Amazônia.
Mesmo estando na maior região alagavél e inundável do Brasil, a vegetação do semi-árido pode sobreviver, podendo ser encontrada nas colinas que circundam os morros ou em suas encostas, onde não sofrem alagamento, em áreas de baixa precipitação e de baixa umidade relativa do ar. Nestes lugares, pode-se observar mandacarus (cactus), bromeliáceas e barrigudas.
 A vegetação é variada principalmente por causa da inundação e do solo. Durante a seca que coincide com o inverno, os campos se tornam amarelados. A vegetação do Pantanal não é homogênea e a flora pode se diferenciar de acordo com a altitude. Nas baías, que são lagoas temporária ou permanentes, encontramos plantas aquáticas submersas ou flutuantes. Nas águas permanentes são comuns os camalotes e o baceiro ou batume, que é uma vegetação flutuante formada pôr ciperáceas e outras plantas aquáticas. Essas plantas são importantes para a sobrevivência da fauna aquática. Também é comum, nos terrenos permanentemente alagados, nos lagos, nas "baías" e nos "corixos" encontramos espécies flutuantes como os aguapés Eichornia spp com os diversos matizes de branco, azul e roxo de suas flores e a erva-de-santa-luzia Pistia stratiotes, e espécies de águas rasas, que se enraízam no fundo como as Salvinia spp., as Nymphaea spp., além da vitória-régia regional Victoria cruziana.
Nas cordilheiras, onde as terras não são inundadas, tem a vegetação de cerrado, cerradão ou mata. Nos campos, áreas inundáveis que às vezes são confundidos como resultado do desmatamento, predominam as gramíneas, que são áreas de pastagens naturais para o gado. Estas gramíneas nativas são principalmente os capins-mimosos Paratheria, Setaria, Reimaria. O Capão é uma mancha de vegetação arbórea, de cerrado, cerradão ou mata que forma ilhas nos campos. Nestes capões encontramos a aroeira Astronium sp., figueiras Ficus sp., com seus esculturais troncos tortuosos, o angico-vermelho Piptadenia sp., e entre tantas outras plantas a piúva Tabebuia heptaphylla, denominação que é dada, localmente, a um ipê-roxo, que durante os meses de julho e agosto tinge a paisagem pantaneira com os mais variados matizes de rosa, lilás e roxo de suas flores. Entre elas, com flores amarelas, o cambará Voschysia sessilifolia.
 No Carandazal, área também inundável, tem o Carandá, uma palmeira do Chaco com folhas em forma de leque, parente da carnaúba do Nordeste e cuja madeira é utilizada para cercas e construções. Outra palmeira freqüente vista aí é o buriti Mauritia vinifera também com folhas flabeliformes. Nas salinas, lagoas de água salobra, encontramos grande quantidade de algas que dão cor verde a água. O vazante, que é um rio temporário, quando está no período de seca fica coberto de gramíneas, formando áreas de pastagem natural para o gado. Nas altitudes maiores, o clima árido e seco torna a paisagem parecida com a da caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, palmeiras, orquídeas, figueiras e aroeiras.
Acompanhando, em ambas as margens, os numerosos cursos de água da região estão as florestas em galeria, também chamadas de matas ciliares. Nestas matas encontramos o jenipapo Genipa americana, figueiras Ficus spp., ingazeiros Inga spp., as embaúbas Cecropia, com suas folhas prateadas e que com freqüência vive em associação com formigueiros e o tucum Bactris glaucescens pequena palmeira, cujo fruto é muito usado como isca de pacu. São freqüentes a palmeira acuri Attalea phalerata, cujos frutos são apreciados pelas araras azuis e o pau-de-novato Triplaris formicosa, que no mês de outubro, enfeita as barrancas dos rios, com grandes cachos de flores rosas ou vermelhas. Essa árvore é assim chamada porque o novato na região, ignorando sua associação com formigas, tenta derrubá-la com o machado ou a escolhe para armar sua rede; os movimentos da planta provocam a queda de centenas de minúsculas formigas, cujas picadas queimam como fogo.
O estado geral da conservação da vegetação segundo estudos da Embrapa ainda é bom, com metade em estado natural. Mas existem áreas críticas que já necessitam de conservação ou recuperação como as pastagens cultivadas em terras declivosas, as matas ciliares de córregos e áreas mineradas. Um quarto da terra da região são pastagens cultivadas usadas na pecuária. A agricultura é praticada exclusivamente nos assentamentos com a produção de feijão, arroz, milho, mandioca, frutas e hortaliças. O solo utilizado muitas vezes não é ideal para lavoura, embora quimicamente fértil, porque é raso ou de argila que endurece com a aração.
Fonte: Apostila Guia de Bordo do Pantanal 2011 - IFMT - Campos Cuiabá  - Foto  Arquivo SEDTUR-MT



sexta-feira, 8 de março de 2013

Equipe do MTur ministra workshop sobre Pronatec


 


Fonte: MARICELLE LIMA VIEIRA - Assessoria Sedtur

O workshop irá acontecer durante todo dia na SEDTUR

Dando continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido em todas a cidades sedes da Copa 2014, a equipe do Ministério do Turismo, realiza durante todo dia de hoje, (08.03), na Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo – Sedtur, um workshop de como irá funcionar a linha de qualificação desenvolvido entre os ministérios da Educação e do Turismo do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec.

Participam representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e da Sedtur que ouvem atentamente como o sistema irá funcionar no Estado. Para Mato Grosso serão ofertados mais de 4.459 vagas nos municípios de Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Nobres, Várzea Grande e Poconé. Cuiabá, por exemplo, serão 35 cursos, com carga horária de 200 horas.

A técnica do Mtur, Marcela Jeolas, destacou que a equipe está orientando todas as entidades parceiras de como o Pronatec irá funcionar na pratica, de acordo com o sistema de cadastro que será via site do Mtur. Ela comentou que o objetivo do Pronatec é qualificar as empresas e serviços para os grandes eventos esportivos que receberá nos próximos anos, como a Copa do Mundo FIFA 2014.

Marcela explicou que as adesões são voluntárias e poderão se habilitar ao programa empresas que exerçam atividades características do turismo, como hotelaria (hotéis, resorts, pousadas, albergues), alimentação fora do lar (bares, restaurantes e feiras tradicionais), agenciamento de viagens, organização de evento, aluguel de veículos e transporte de turistas, além dos cursos de idiomas.

Conforme a superintendente de desenvolvimento e fomento do turismo da Sedur, Natália Rossetto, a capacitação tem como principal objetivo atender a demanda das empresas do trade turístico por capacitação em áreas como atendimento ao cliente e línguas. “Com a realização do programa queremos estimular empresas e funcionários do setor a prestar serviços de qualidade aos visitantes”, reforça.

terça-feira, 5 de março de 2013

Cachoeira do Prata é tombada como patrimônio histórico de MT

Publicado em 05/03/2013
Fonte: Assessoria/Com Site Midia News


Foto: Divulgação - Site Mídia News - Cachoeira do Prata
Atendendo uma solicitação da secretária de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Teté Bezerra, a Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso tombou a Cachoeira do Prata, localizada no Rio do Prata, entre as cidades de Jaciara (110 km ao Sul) e Juscimeira (160 km ao Sul de Cuiabá), como Patrimônio Histórico e Artístico Estadual.
A portaria n° 007/2013, assinada pela secretária de Cultura Janete Riva, foi publicada no Diário Oficial que circulou na segunda-feira (4) e se refere ao processo de tombamento n°. 280711/2012.
O patrimônio tombado fica igualmente protegido de qualquer ação que lhe impeça ou reduza a visibilidade ou paisagem estética e ambiental, tanto do bem, quanto de sua área de entorno e vizinhança.
Também foi considerado que a Cachoeira do Prata faz parte da história do de Mato Grosso, por se tratar de uma bela paisagem natural, por sua apresentação da natureza, "onde a inserção do homem não alterou a beleza natural ali exposta".
Foi considerada uma delimitação da área de tombamento e de entorno 63 km de curso d’água da Cachoeira do Prata ao Reservatório PCH São Lourenço.
O tombamento implica que a Cachoeira do Prata passa a ser tutelada pela proteção especial do Poder Público Estadual, que velará para que os efeitos previstos em normas disciplinadoras sejam devidamente respeitados.
Também foi determinado que a inscrição da Cachoeira do Prata no Livro do Tombo Histórico, pela sua significação histórica e artística para a comunidade e à memória mato-grossense.