ETIMOLOGIA – Poconé – é corruptela do termo boróro “Beripoconé”, nome dado ao povo indígena do lugar, posteriormente simplificado para “Poconé”.
Poconé surgiu por volta de 1777, devido a descoberta de ouro em toda região habitada pelos índios da nação “beripoconé”. A abundância de ouro atraiu gente, apesar da precariedade das comunicações da época. Foi criado por determinação do Capitão General Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, o Arraial de São Pedro Del Rey, em homenagem à Pedro III, rei de Portugal, fato ocorrido no dia 21 de janeiro de 1781. Naquela época o povoado contava com 2.118 habitantes, na maioria garimpeiros. Em 1787 ocorreu nova descoberta de ouro, mantendo a população no trabalho extrativo, além de atrair mais garimpeiros e pessoas de outras profissões, todas com sede de enriquecimento rápido e viam no ouro, esta possibilidade.
Em 09 de agosto de 1811 o povoado foi elevado à categoria de Distrito de Paz. Em 25 de outubro de 1831 torna-se vila e recebe o nome de Vila de Nossa Senhora do Rosário de Poconé. Em 1840 Poconé passa a Comarca e no dia 01 de Junho de 1863 foi elevado à categoria de cidade.
Ainda no ano de 1863, no dia 06 de janeiro, a Lei nº 07 aprova a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Poconé e pela Lei nº 03 de 16 de setembro de 1868 foi aprovada a Irmandade São Benedito, até hoje existente com membros ativos e participantes.
Durante a fatídica Guerra do Paraguai, Poconé teve relevante papel, fornecendo gado e cavalos para alimentação e transporte das tropas brasileiras, o que confere a Poconé um lugar de destaque na história do Brasil. o poconeano João Ribeiro, conhecido nacionalmente como “Tenente Antônio João” herói da guarnição militar de Dourados. Deixou a célebre frase: “Sei que morro, mas o meu sangue e de meus companheiros servirá de protesto solene à invasão do solo da minha pátria”.
No contexto da civilização brasileira, Poconé se destaca pela sua sociedade estável, de caráter patriarcal, profundamente arraigados à terra e ao trabalho no campo. Poconé é das cidades matogrossenses que teve o maior número de Prefeitos até os dias atuais. Teve 11 Intendentes e 28 Prefeitos. O primeiro Intendente foi Indalécio Nunes Rondon e o primeiro prefeito: Diogo Garcia de Souza. Os primeiros habitantes da lugar foram povos da nação indígena Peripoconé, pertencentes à família de Boróros. Eram inteligentes e de boa aparência, alguns de lábios finos e nariz aprumado, possuíam pele bronzeada pela ação do sol e dos cosméticos protetores que usavam para se defenderem dos mosquitos e lubrificá-la. As mulheres extraiam óleo de amêndoa dos cocos de bocaiúva, para cuidar dos cabelos pretos e grossos, lisos e longos. Hábeis artesãos, faziam paelas de barro e candieiro que colocavam gordura animal e pavio de algodão para iluminar seus ambientes. Os Beripoconés se dedicavam à lavoura, e usavam métodos anticonceptivos, com material extraídos do “cambará”, madeira que abunda naquela região pantaneira, excelente para confecção de canoas.
O poconeano é o povo que cultua secularmente sua tradição, fazendo parte de seus festejos as tradicionais “cavalhadas” que todo ano são executadas por dezenas de cidadãos que tudo fazem para que não se perca a identidade cultural do município.
Com praças exuberantes, povo hospitaleiro, tranqüilidade para caminhar e andar de bicicletas pelas ruas limpas e seguras, faz com que Poconé se torne muito atraente, gostosa de se curtir e está de braços abertos esperando pelos turistas.
Poconé é tipicamente pantaneira, suas casas ainda conservam toda uma beleza arquitetônica de muitos anos atrás. O município também é conhecido pelas suas tradicionais festas e comidas típicas. Poconé é a cidade mais próxima ao Pantanal.
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