PANTANAL

segunda-feira, 5 de novembro de 2012



Origem do nome do Município de Cuiabá:
Há várias versões para origem do nome “Cuiabá”. Uma delas diz que o nome tem origem na palavra Bororó Ikuiapá, que significa “lugar da Ikuia”. Outra explicação possível é a de que Cuiabá seria uma aglutinação de Kuyaverá que em guarani significa “rio da lontra brilhante”. Por corruptela palavra aglutinação etimológica, virou Cuyaverá mencionado pelo padre Agostinho Castanares em sua carta de 1741. Depois em Cuiavá e finalmente Cuiabá.
Outros dizem que é "homem que faz farinha" ou "lugar onde se pesca", sem apontar de qual língua indígena derivam.

 Principais fatos históricos do Município.
Sobre a origem do nome do Município, diz Carlos Drumond concordar com os jesuitas, quando admitem ser o topônimo oriundo do tupi. Segundo ele, Cuiabá derivar-se-ia de Icúia, espécie de flecha para pesca, feita de cana brava e pá, partícula locativa: lugar, pouso. Icuiapá designaria, por conseguinte, lugar onde se faz alguma coisa.
O profundo conhecimento da língua indígena dá ao Padre Albisetti, a certeza de ser este o significado de Cuiabá: lugar em que os bororós costumavam pescar com a icúia.
A fundação da cidade é uma conseqüência do arrojo dos bandeirantes paulistas que, empenhados a princípio na captura de índios para os trabalhos da lavoura, e atraídos depois pelas minas de ouro e diamantes, vieram a desbravar os sertões brasileiros.
É incerto o nome do primeiro chefe bandeirante que visitou o Estado. Consta, no entanto, ter sido o valente Manoel Corrêa, seguido de outros não menos ousados, como Antônio Pires de Campos e Pascoal Moreira Cabral.
Segundo José Barbosa de Sá, na "Relação das Povoações de Cuiabá e Mato Grosso", foi Antônio Pires de Campos o primeiro a alcançar a chapada cuiabana.
Coube, porém, a Pascoal Moreira Cabral, imprimir novo rumo ao nomadismo bandeirante, quando, partindo de Araritaguaba, em 1716, teve conhecimento, através de Antônio Pires de Campos, da existência de aldeamentos de índios coxiponés. Arribou até o afluente do Cuiabá, a que denominavam Coxipó, em cujo leito descobriu, por acaso, o ouro, em meio aos cascalhos. Repentinamente transformou-se o "modus vivendi" dos bandeirantes, que não mais andariam exclusivamente à caça de silvícolas.
Mais tarde abandonaram o arraial, em que de início se estabeleceram, surgindo o da "Forquilha", com a sua primeira igreja, sob a invocação de Nossa Senhora da Penha de França. Celebrou a primeira missa o Padre Jerônimo Botelho.
           Nesse local, a 8 de abril de 1719, convocados os homens de bem, lavrou-se o têrmo de fundação do arraial, sendo Pascoal Moreira Cabral nomeado guarda-mor regente. Seguiu, na ocasião, para São Paulo, o Capitão Antônio Antunes Maciel, incumbido de levar as amostras do ouro encontrado ao Governador da Capitania, D. Pedro de Almeida Portugal.
A mudança de Cuiabá para o sítio atual se deve ao sorocabano Miguel Sutil de Oliveira, João Francisco Barbado e seus companheiros, que chegaram até à embocadura do córrego "Prainha" onde, guiados pelos aborígines, encontraram maior abundância do precioso metal. Estabeleceram-se nas fraldas da elevação de Nossa Senhora do Rosário, na "Lavra do Sutil", hoje Cuiabá, atraindo os moradores da antiga povoação.
O afluxo de gente a esse novo Eldorado foi extraordinário e, apesar das dificuldades de comunicação, espantoso foi o seu desenvolvimento. Tanto que, em 1° de janeiro de 1726, o Capitão-General de São Paulo, Rodrigo Cesar de Menezes, mandou erigir em vila o povoado, sob a invocação de Nosso Senhor Bom Jesus de Cuiabá.
Difícil se tornava à Capitania de São Paulo a administração dos distritos de Cuiabá e Mato Grosso, que foram por fim desanexados, por Alvará de 9 de maio de 1748, por força do qual se criava a Capitania de Mato Grosso e Cuiabá. Foi seu primeiro governador D. Antônio Rolim de Moura Tavares, que ali aportou em 1751, com a recomendação de transferir para Mato Grosso a sede do governo. Mais tarde, em 19 de março de 1752, foi erigida em capital a recém-fundada Vila Bela da Santíssima Trindade.
Dada a sua posição geográfica central, Cuiabá conservou sua hegemonia, apesar de destituída dos foros de capital. Elevada à categoria de cidade, em 17 de setembro de 1818, passou a Capital em 1825, porém, só em 19 de agôsto de 1835 foi confirmada a predominância política que historicamente lhe cabia. A sobrevivência de Cuiabá é verdadeiro milagre de resistência e combatividade do seu povo contra todos os fatores adversos que a empolgaram, até o advento da sua atual transformação em metrópole progressista.
Sua evolução sócio-econômica foi tolhida durante mais de um século por agitações internas e dificuldades de toda a espécie, das quais a menor era a distancia que a separava da capital do País. O problema de comunicação só foi solucionado em 1857, com a chegada do primeiro navio a vapor, sob o comando de Antônio Cláudio Soído. O programa da "Marcha para o Oeste", em curto espaço de tempo deixou suas marcas na cidade, que ganhou nova feição com a edificação de sua primeira avenida, a Avenida Getúlio Vargas e nela prédios destinados à administração pública, agências bancárias, hotéis e de lazer.
Na década de 60 Cuiabá continua a trajetória de crescimento, desta feita como o "Portal da Amazônia", principal pólo de ocupação da Amazônia meridional brasileira, constituindo hoje, a Grande Cuiabá, maior núcleo urbano do oeste brasileiro, com uma população total de cerca de 800 mil habitantes.
No final do século, completando 281 anos de fundação, Cuiabá preparou-se para passar por um outro grande surto de crescimento, com a implantação de sete mega-projetos: a ligação ferroviária com o Porto de Santos, a conclusão e pavimentação da rodovia Cuiabá-Santarém, a saída rodoviária para o Oceano Pacífico, a hidrovia do Paraguai, a Usina de Manso, a Usina Termoelétrica e o Gasoduto. Concluídos esses projetos, dada sua localização geopolítica estratégica no centro do continente, Cuiabá consolidou sua vocação a nível de continente, firmando-se como um dos mais importantes centros intermodais de transportes da América do Sul.
Hoje Cuiabá tem como principais atividades econômicas a indústria, o comercio a pesca, a agricultura onde se cultivam lavouras de subsistência e hortifrutigranjeiros. Devemos ressaltar para crescente mercado do Turismo, já que possui um bonito e típico artesanato com peças de cerâmica, redes, doces artesanais, licores e a viola de cocho, além de festas religiosas, ricas em folclore e tradição, como a de São Benedito, e igrejas como Nossa Senhora do Bom Despacho, replica da Notre Dame de Paris e o Santuário de Maria Auxiliadora, com estilo neoclássico que encanta os turistas.

Fonte IBGE     http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1


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