PANTANAL

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

FLORA DO PANTANAL





Acuri (Attalea phalerata)
O acuri é uma palmeira que atinge oito m. de altura, sendo o tronco geralmente coberto por bases velhas de pecíolos; nas bainhas das folhas instalam-se outras espécies vegetais como a figueira-mata-pau, que cresce envolvendo a palmeira e acaba por matá-la depois de alguns anos. Os acuris concentram-se em áreas denominadas acurizais. No pantanal, essas palmeiras crescem nas áreas altas e mais secas dos capões e matas de cordilheiras. Os frutos oblongos crescem em cachos e, quando maduros, ficam amarelos. Servem de alimento para animais silvestres, como cutias, catetos, queixadas, e também para o gado, muitos dos quais atuam como dispersores das sementes. Ocorre de preferência  em solos argilosos  e é considerada boa indicadora de solos férteis.
Curiosidades:
·           As castanhas que se encontram no interior dos frutos do acuri são o principal alimento da araraúna e da arara-azul. Representam mais de 90% da sua dieta e são as únicas aves capazes de abrir esse fruto usando o bico.
·           As folhas são usadas para a cobertura de habitações humanas.
·           O palmito, que pode ser extraído do seu tronco, é muito saboroso, ótimo para a confecção de tortas e pastelões.
·           A água do fruto, que é estéril,  pode ser usada com colírio.

Aguapé (Eichhornia crassipes)
O aguapé é uma planta aquática flutuante, com pecíolos esponjosos, dilatados ou alongados; folhas largas e arredondadas, com superfície lisa e brilhante. As raízes formam um tufo denso e ramificado, submerso, que serve para desova de peixes e abrigo a inúmeros animais aquáticos. Flores em cacho, azul-claro arroxeadas com pequena mancha amarela. O aguapé é  uma séria planta invasora que rapidamente toma conta de lagos, podendo ocupara toada a superfície da água. A reprodução é feita por meio de sementes ou estolões, os quais produzem novas mudas ao redor da planta principal. É planta ornamental em aquários.
Curiosidades:
·           O aguapé pode ser utilizado na recuperação de rios e lagos poluídos, pois suas raízes formam um conjunto denso que retém partículas finas em suspensão.
·           No pantanal, muitas vezes, o aguapé toma conta de pequenos corixos e vazantes, cobrindo toda a superfície e impedindo a navegação.
·           Os caramujos aquáticos, aruás, passam suas vidas presos às raízes flutuantes dos aguapés e, de tempo em tempo, alcançam a superfície para respirar.

Aguapé-de-cordão (Eichhornia azurea)
O nome aguapé-de-cordão refere-se à sua forma de desenvolvimento, no início, enraizado no fundo e, depois, continuado em longo caule flutuante, que pode atingir até dois metros de comprimento. As folhas emersas são arredondadas e o pecíolo é longo e esponjoso, permitindo a flutuação da planta. Tem flores em cachos; são arroxeado-claras a quase brancas, com o centro escuro. A reprodução é por meio  de sementes ou rizomas. Desenvolve-se bem em áreas pantanosas e lagos, podendo cobrir toda a superfície da água.
Curiosidades:
·           No Pantanal, pode-se encontrar em uma mesma lagoa duas espécies de aguapés.
·           Os caramujos aquáticos, aruás, passam suas vidas presos às raízes flutuantes dos aguapés e, de tempo em tempo, alcançam a superfície para respirar. Eles também utilizam os talos altos das folhas, ou as próprias folhas, para depositar seus ovos. São aglomerados com até 600 ovos.

Angico-branco (Anadenanthera colubrina)
O angico-branco é uma árvore que atinge de 12 a 15 metros de altura. O tronco chega a 50 cm de diâmetro. Gosta de solos arenosos ou argilosos, mas férteis. Sua madeira é dura e pesada, sendo muito utilizada para a confecção de postes, dormentes, peças torneadas, carrocerias e móveis. Os frutos são vagens longas e produz grande quantidade de sementes. Germinam com facilidade. Com quatro meses, as mudas já podem ser transplantadas no campo. Suas flores são melíferas.
Curiosidades:
·           O angico-branco tem vários usos medicinais: a casca é cicatrizante e contra hemorragias; o melado fervido e concentrado é usado contra a tosse e a bronquite; também baixa a pressão.
·           A casca e os frutos do angico-branco são ricos em tanino, podendo ser utilizada na indústria de curtumes.

Aroeira (Myracrodruon urundewa)
A aroeira é uma das árvores mais importantes da flora brasileira. Atinge de 20 a 25 metros de altura, em solos férteis, e diâmetro de 80 cm. Sua madeira, muito pesada e de grande resistência mecânica, é praticamente imputrescível. Normalmente, é utilizada para mourões, postes, esteios e para a construção de currais e pontes. A planta, no pasto, resiste ao fogo. Floresce nos meses de agosto e setembro.
Curiosidades:
·           Os frutos da aroeira são muito apreciados por periquitos e papagaios.
·           A casca é utilizada contra hemorragias das vias respiratórias e urinarias e tem comprovado efeito antiinflamatório e cicatrizante contra ulceras e alergia.
·           A aroeira é característica de terrenos secos e rochosos; ocorre em agrupamentos densos nas matas e cerradoes.

Bocaiúva (Acrocomia aculeata)
Também conhecida como macaúba, essa palmeira tem um tronco de 15 m. de altura, revestido de espinhos. Produz grandes cachos de frutos arredondados, de casca dura, com cerca de cinco cm. de diâmetro; são de coloração verde-acastanhada e fornecem polpa da qual é extraída uma gordura comestível. A madeira é bastante durável para uso em construções. As fibras obtidas das folhas prestam-se para a confecção de redes e cordões.
Curiosidades:
·           Os frutos da bocaiúva são muito apreciados pelos animais: gado, cavalos, tatu-peludo, ema, araras e roedores.
·           As araras azuis preferem comer a castanha do interior do fruto; para isso, elas apanham os cocos regurgitados pelo gado nos currais ou locais de dormida.
·           O óleo de bocaiúva serve como laxante; a raiz é diurética.
·           No Pantanal, as bocaiúvas forma grandes concentrações em certas áreas, chamados de bocaiuvais. Nesses locais, quase sempre, há uma grande concentração de araras e papagaios que lá procuram abrigo.

Buriti (Mauritia vinifera)
O buriti atinge 25 m. de altura, tendo o tronco com até 50 cm. de diâmetro. Ocorre em concentrações denominadas  buritizais, em áreas de brejo ou mesmo permanentemente inundadas. Os frutos, arredondados ou oblongos, são castanho-avermelhados com superfície lisa, de aspecto reticulado; são dispostos em grandes cachos com até três m. de comprimento. As folhas podem ser usadas para a cobertura de habitações humanas. Dos pecíolos das folhas é obtido material leve e macio, usado em artesanato. É bastante ornamental, podendo ser utilizado em arborização de parques e cidades..
Curiosidades:
·           Da polpa do fruto se extrai o vinho-de-buriti e também pode-se preparar um doce.
·           O fruto serve de alimento para araras-amarelas (Canindé) e roedores.
·           No Pantanal, os buritizais são mais comuns próximo a Barão de Melgaço (MT) e ao longo dos rios Negro, Taboco e Aquidauana (MS).

Cambará (Vochysia divergens)
O cambará é uma árvore que atinge 18 m. de altura, dotada de copa frondosa e pouco densa. A madeira é leve, macia e fácil de trabalhar, própria para tabuas. Floresce nos meses de julho a setembro. Os frutos amadurecem nos meses de dezembro a janeiro e as flores amarelas recobrem toda a copa das árvores. É muito apreciada por beija-flores, abelhas e macacos, que a visitam em busca de néctar. As sementes de cambará são disseminadas pelo vento e peal água.
Curiosidades:
·           No Pantanal, os cambarás formam bosques chamados de cambarazais, onde predominam. Geralmente situados em matas  ciliares, capões e campos de inundação por rio , corixos ou vazantes.
·           O xarope da casca de cambará, com mel, é bom para tosse e gripe; o chá da folha é usado contra asma, gripe e apendicite; a seiva serve de colírio.
·           As flores do cambará são comidas por peixes.
·           Os pantaneiros usam a madeira do cambará para fazer canoas, cochos, varas de porteiras e ranchos.

Carandá (Copernicia alba)
O carandá atinge 20 m. de altura e, no tronco, há vestígios dos pecíolos das folhas. Ocorre em áreas úmidas ou parcialmente alagadas, onde constitui formações características denominadas carandazais. Os frutos são alimento de muitas aves e, dessa forma, as sementes são dispersadas. Das folhas também pode ser extraída a cera. O tronco do carandá tem mdeira muito durável, mesmo dentro d’água; é freqüentemente utilizado para confecção de postes e mourões de cercas.
Curiosidades:
·           Os frutos do carandá servem de alimento para peixes e podem ser usados como isca para a pesca do pacu.
·           No Pantanal, os carandazais são mais comuns em Nabileque e ao redor das salinas da Nhecolândia. Na região de Poconé e Cáceres (MT) também é freqüente.
·           O palmito é comestível e a raiz é diurética.
·           Os índios kadiweu fazem artesanato usando essa palmeira.

Canafístula (Cassia grandis)
A canafístula tem ampla distribuição pelo Pantanal. Atinge 15 a 20 m. de altura, com tronco de 40 a 60 cm de diâmetro. Sua copa é larga. Floresce de julho a dezembro. As flores são rosas, quando novas, e laranja-salmão, quando velhas. Os frutos são vagens grandes, que podem pesar até 1 kg; ficam pendurados na árvore por vários meses. A madeira é dura e não muito durável; pode ser usada para moveis. Habita matas de cordilheiras, ciliares e matas de carandás; cresce em solos argilosos.
Curiosidades:
·           No Pantanal, na região de Poconé, MT, a canafístula é comum. Cresce principalmente ao longo do rio Cuaibá.
·           A canafístula produz anualmente grande quantidade de sementes; um quilograma contem cerca de 1890 unidades.


Caraguatá (Bromelia balansae)
O caraguatá é uma planta terrestre, da mesma família do abacaxi, com folhas longas, rígidas e portadoras de fortes espinhos nas margens; atinge até dois metros de altura; na época de floração tem folhas centrais vermelhas; flores de pétala roxas, em inflorescência esbranquiçada. Ocupa áreas abertas, onde prolifera e forma barreiras quase impenetráveis para o homem e o gado. As fibras obtidas das folhas prestam-se para a confecção de bolsas, cintos e roupas. O fruto é comestível e tem propriedades medicinais contra enfermidades da garganta; é digestivo e pode atuar como vermífugo.
Curiosidades:
·           Do fruto pode-se preparar xarope contra a tosso.
·           O fruto, muito ácido, pode ser comido cru, cozido ou tostado. Era bastante utilizado como alimento pelos índios bororo.
·           Como cresce em volta dos capões e matas de cordilheiras, serve de refúgio para animais, como cutias, porcos e quatis. Também serve de esconderijo para ninhos de jacarés.


Figueira-mata-pau (Ficus pertusa)
A figueira-mata-pau é mais abundante em capões e matas ciliares. Atinge 20 m. de altura. Distingue-se pelo figo com pintas roxas, quando verde, e vermelhas e pretas quando maduro. Esse fruto comestível, muito apreciado pelos animais, é responsável pela disseminação dessa espécie. Morcegos, aves, bugios e até peixes se alimentam dos frutos. As sementes que saem nas fezes grudam nos galhos das outras árvores, especialmente da palmeira acuri, germinam e dão início ao crescimento de uma nova planta. Com o passar dos anos, a figueira abraça a hospedeira e acaba por sufocá-la, substituindo-a na floresta. Nos ocos das raízes aéreas e troncos vivem comunidades de morcegos e abelhas.
Curiosidades:
·           A madeira da figueira-mata-pau é branca e leve; serve para forro e caixotes. O látex produz a borracha.
·           O látex é vermicida e alimento, podendo ser tomado diluído em água, senão queima a boca.
·           Nos capões do Pantanal, é difícil encontrar um acuri que não esteja parasitado pro uma figueira-mata-pau. Muitas vezes, os dois gigantes se entrelaçam durante anos até que um deles morra. Em raras situações a palmeira triunfa.

  
Jatobá-mirim (Hymenaea courbaril)
O jatobá-mirim é uma árvore que atinge de 15 a 20 metros de altura. O tronco pode ter quase 1 metro de diâmetro. Cresce em matas ciliares não alagáveis e prefere solos arenosos ou argilosos. Floresce nos meses de outubro a dezembro e os frutos amadurecem a partir de julho. A madeira é pesada, muito dura ao  corte e resistente ao ataque de cupins, aves e mamíferos se alimentam se seus frutos e são agentes dispersores de sementes.
Curiosidades:
·           Na língua guarani, jatobá que dizer folha dura.
·           O fruto do jatobá-mirim é comestível; tem consistência farinhenta e é rico em cálcio e magnésio.
·           A semente e a seiva são ótimos fortificantes. A resina extraída dos frutos é medicinal e também usada para verniz.

Jenipapo (Genipa americana)
O jenipapo é uma árvore muito conhecida por suas múltiplas aplicações. Atinge 12m de altura. Floresce nos meses de setembro a dezembro e produz frutos entre outubro e fevereiro. A planta gosta de terrenos úmidos e pode ser encontrada em matas primarias e nas formações secundarias. A madeira é flexível, fácil de trabalhar e de longa durabilidade, quando não exposta ao solo e à umidade. É usada para a confecção de remos, gamelas, colheres, cabos de ferramentas e esculturas.
Curiosidades:
·           Jenipapo, na língua tupi, quer dizer mancha escura. De fato, o liquido extraído da fruta verde, quase preto, é excelente para fixar tatuagens temporárias. Os índios o utilizavam para desenhar sobre o corpo. Os desenhos permanecem por vários dias ou até semanas, se forem reforçados.
·           O fruto é comestível; serve para se fazer sucos, doces e licores.
·           As propriedades medicinais são muitas: diurético, contra anemia, estomago, fígado, nervos e intestinos. A semente é usada contra diarréia e hemorragia; provoca vômitos.
·           É difícil encontrar frutos maduros na natureza, porque sempre na frente: tucanos, aracuãs, macacos e até peixes comem as sobras que caem. O fruto do jenipapo serve também como isca para a pesca de pacus.

Mandacaru (Cereus peruvianus)
O mandacaru é uma característica típica de regiões áridas Brasil. É um arbusto de dois a seis metros de altura. Floresce nos meses de setembro a abril. Sua flor é noturna e pouco perfumada, mas atrai morcegos e besouros. Os frutos amadurecem entre outubro e maio; são comestíveis e muito apreciados pelas aves que o disseminam. Habita bordas de clareiras no cerradão e matas; prefere solos arenosos e calcários.
Curiosidades:
·           No Chaco, é comum fazerem doce e xarope do fruto do mandacaru. Do caule, se pode fazer doce ou comê-lo cru.
·           O suco do mandacaru é estéril e pode ser utilizado para lavar feridas.
·           Nas morrarias calcárias típicas das periféricas ao Pantanal, o mandacru atinge porte de árvores, com até 16 m de altura.

  
Novateiro (Triplaris americana)
O novateiro é uma árvore de cinco a 15 m de altura . habita matas ciliares e capões alagáveis; cresce em solos argilosos . Floresce em agosto e setembro. Os frutos caem em setembro e outubro. Os pelos da flor causam muita coceira. Germinam em 20 dias e crescem muito rápido.
Curiosidades:
·           No interior dos ramos ocos do novateiro vivem formigas vermelhas, muiot agressivas. Quando alguém toca a árvore, as formigas se alvoroçam e se jogam sobre a pessoa; o novato, não sabendo da existência delas, logo leva varias ferroadas, extremamente doloridas; equivalentes à picadas de abelhas e marimbondos.
·           Na Bolívia , o novateiro é chamado de “palo diablo”.
·           A casca do novateiro é um remédio contra hemorróidas e diarréia.

Paratudo ou Ipê-amarelo ( Tabebuia caraiba)
O ipê-amarelo é uma das árvores mais comuns do Brasil. Ocorre na Caatinga, no Cerrado e no Pantanal Mato-grossense. Atinge 20 m de altura e diâmetro de 40 cm. O tronco é tortuoso e revestido por casca grossa, que tolera bem o fogo. A madeira é  excelente, meio pesada, dura, mas flexível; pouco durável se for exposta à intempéries. Floresce durante os meses de agosto e setembro, com a árvore quase totalmente despida da folhagem.
Curiosidades:
·           O pantaneiro masca a casca no campo, ou põe na água, para problemas de estômago e fígado, amarelão, vermes, diabetes, febre, malária; a folha tostada substitui o mate.
·           No Pantanal, ocorre em formações chamadas paratudais; geralmente em terrenos alagáveis de solos argilosos.
·           As flores do Ipê-amarelo são comestíveis (amargas como alface); procuradas por aves como aracuãs, cujubis, papagaios; mamíferos como bugios, veados; o gado também come as flores e folhas.

Piúva ou Ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla)
O ipê-roxo é uma árvore que atinge de 10 a 20 m de altura. O tronco pode chegar a 80 cm de diâmetro. É abundante em todo o Pantanal. Está associado a rios e vazantes. A madeira é dura, pesada, boa para pontes, currais e esteios. Difícil de trabalhar, não aceita prego. Própria para a construção externa. Resiste bem à intempérie. Floresce entre julho e setembro, com a planta totalmente despida de sua folhagem.
Curiosidades:
·           O ipê-roxo é vítima de raios por ser uma das maiores árvores  de campo aberto.
·           O fervido da entrecasca é indicado contra o câncer. O extrato da entrecasca dos ipês é depurativo, estomacal e bacteriana. O cerne contém lapachol, inibe tumores e alivia a dor.
·           As flores são comestíveis; serve de alimento para aves, como aracuãs, cujubis, papagaios; também os bugios se alimentam delas.
·           No Pantanal, a floração dos ipê-roxos constitui-se num dos grandes espetáculos anuais; mas é preciso estar atento ao fenômeno, pois dura apenas alguns dias.

Pequi (Caryocar brasiliense)
O pequi é uma árvore que atinge de 5 a 15 m de altura. Seu tronco é tortuoso, de 30 a 40 cm de diâmetro. Cresce no cerrado e cerradões, em solos arenosos.floresce nos meses de setembro a novembro; seu odor atrai morcegos que fazem a polinização. Os frutos amadurecem de novembro a fevereiro. A madeira tem filamentos que provocam coceira; é usada para xilografia, construção civil e naval; nas fazendas é usada para cochos e currais.
Curiosidades:
·           O fruto é comestível, cheiroso e utilizado para a produção de licores; também é muito conhecido o prato arroz-com-pequi. Mas é preciso cuidado com os espinhos do fruto.
·           Da polpa do fruto se extrai óleo para a culinária e, da amêndoa, um óleo perfumado para cosméticos.
·           O pequi é um excelente fortificante e equivale ao óleo de fígado de bacalhau.
·           O óleo de pequi também pode ser usado em massagens contra o reumatismo.

Vitória-régia (Victoria regia)
As folhas de vitória-régia podem atingir 1,2 m de diâmetro. O pecíolo que fixa a planta ao fundo prolonga-se por mais de cinco metros em alguns locais. No lado inferior das folhas flutuantes há uma rede de nervuras e compartimentos cheios de ar e recobertos de espinhos. As flores são perfumadas. No Pantanal, ocorre no Rio Paraguai, desde Cáceres até Corumbá, em áreas de remanso ou lagoas marginais.
Curiosidades:
·           Seu nome, Victoria, foi uma homenagem do descobridor Lindley à rainha Victoria, da Inglaterra.
·           Nos rios Paraná, Paraguai e afluentes, ocorre a variedade Victoria regia mattogrossensis.
·           Quando as lagoas onde as vitórias-régias vivem secam completamente, suas cápsulas de sementes ficam enterradas na lama até o retorno da água, no ano seguinte, para então, germinar.
·           O nome popular, forno-d’água, atribuído à vitória-régia, deve-se ao fato de as grandes folhas flutuantes se assemelharem aos tachos rasos usados para torrar farinha de mandioca.


Fonte: Apostila "Guia de Bordo Pólo Pantanal 2011" - IFMT - Cuiabá.
          Fotos SEDTUR-MT


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